3º DIA - Resurrection Fest 2011 - Viveiro, Lugo - Espanha
--- 3º DIA ---
Foi no último dia de festival que as bandas Portuguesas de Hardcore, Hills Have Eyes de Setúbal e Death Will Come do Porto subiram aos palcos do Ressurection Fest. Quando Hills Have Eyes entraram no palco Jaggermeister, ainda o sol ía alto, e muita gente ainda não tinha deixado as tendas. Apresentaram-se com boa atitude, contagiando o público. Tocaram um set curto, mas intenso, com a energia e qualidade técnica que os caracteriza. Death Will Come tocaram no palco Monster, que embora pouco apropriado (por aumentar muito a distância entre o público e a banda), muitos Portugueses se reuniram ali para ajudar à festa. As covers “Step Down” de "Sick of it All", e “Fight for your Right” de Beastie Boys promoveram o singalong, e esta última encerrou o concerto em beleza, tendo o público invadido o palco, respondendo ao apelo da banda. Foi quando finalmente, aquele palco gigante se tornou mais pequeno.
Authority Zero, a banda Punk Rock do Arizona subiu ao palco Monster já o recinto estava bem recheado. Deram um concerto estimulante, onde apelaram a um circle pit à volta da tenda de som. O público gostou e no fim, ainda pediu mais.
Strife, uma das grandes bandas da Victory Records dos anos 90, e um dos concertos ansiados da noite, já tinham muitos fãs na expectativa quando entraram em palco. Os membros da banda, embora já da velha guarda do Hardcore, não deram sinais de cansaço, revelando “a escola toda”: não desiludiram. Rick Rodney, o vocalista, falou em “quebrar barreiras entre as pessoas” e “tornarmo-nos melhores, afinal é para isso que todos cá estamos”, revelando os princípios fortes que os caracterizam. Não faltaram clássicos como “To an end”, “Something to believe in”, terminando com “Force of change” e “Blistered”, em que todos cantaram. Quem esperou anos para os ver, não perdeu por esperar.
Seguiram-se os Ingleses More than Life, no palco mais acolhedor Jaggermeister. A predominância de t-shirts da banda no festival, já deixava adivinhar a quantidade de gente que se reuniria ali para os ver. A música de Morrissey “Angel” , que termina com a frase “I love you More than Life” serviu de intro à entrada dos músicos no palco, que começaram logo a rasgar com o tema “Skarlet Skyline”. A paixão que aqueles miúdos transmitem ao tocar aquele hardcore berrado com guitarras melódicas não deixa ninguém indiferente. Seguiram-se musicas como “I've Lost track of everything”, ” Love let me go” e “Daisy Hill”, onde os singalongs e stage dives não faltaram, inclusivamente do próprio vocalista que mesmo nos braços do público, berrou cada palavra. Acabaram com “Faceless Name”, despedindo-se de Espanha. A banda prepara-se para fazer agora a última tour, a partir da qual vai passar a tocar apenas concertos pontuais e festivais.
O público mais fã de metal já aguardava a estreia dos suecos Meshuggah no palco Monster. Tocam um metal Post-Thrash muito técnico, e o vocalista Jens Kidman sempre explosivo não se cansou de puxar pelo público. Fizeram parte do set temas como “Future Breed Machine” de 1995, “Rational gaze” e temas do último álbum como “Bleed”. O caos estava instalado. Ainda houve quem se aventurasse a tentar subir ao palco para abanar a cabeça, como pede uma boa metalada, mas os seguranças intervieram.
Os Californianos Pennywise, com mais de 20 anos de banda, subiram ao palco Monster, para dar um dos melhores concertos do Ressurection Fest 2011. Alguns fãs ainda reticentes em relação à substituição do vocalista Jim por Zoli (vocalista de Ignite), renderam-se e entregaram-se à banda a 100%. Para abrir o tema “Every single day” do álbum About Time, sucedendo-se uma lista interminável de clássicos como “Same old story”, “Society” ou “Fuck authority”. Mas o público permanecia incansável, e o chão só servia para dar impulso. O guitarrista Fletcher, cérebro da banda, interagiu constantemente com o público, falando da importância da “independência da mente e da vontade própria”, revelando também a atitude política anti-governo, anti-violência, inevitavelmente associadas ao movimento punk, revelando as raízes da banda. O sucesso do concerto já estava traçado, e os clássicos continuavam: “Straight ahead”, “No reason why”, ou “Pennywise”. Ainda houve lugar para uma cover de Ignite (banda de Zoli) – “A place called home”. Mas foi a cover de “Stand by me” que fez levantar o pó que restava no recinto. Para terminar, o tema Bro-Hymn, tema regravado pela banda em tributo ao ex-baixista Jason Thirsk, música esta que apelou à emoção reunindo-se vários amigos no palco, a cantarem juntos, num ambiente familiar e de união. A opinião era unânime, este era um dos concertos da noite.
Os Ingleses Bring me the Horizon estavam prestes a subir ao palco Monster, e a julgar pelos penteados elaborados, sem esconder a influência do vocalista Oliver, as pessoas que aguardavam este concerto eram bastantes. Afinal, embora relativamente recente, esta banda já apresenta uma atitude e uma influência de quem tem anos de experiência. Oliver inicia o concerto: "We will never sleep, 'cause sleep is for the weak, and we will never rest, 'til we're all fucking dead", e rapidamente tinha o público na mão, sendo a primeira música do set “Diamonds aren't forever”. Os fãs estavam em delírio e cantavam em uníssono. Fizeram parte da noite temas como "Fuck", "Football season is over", "Anthem" e "Blessed With a curse". Um dos fãs da banda tentou subir ao palco, e desta vez os seguranças não levaram a melhor, porque Oliver não deixou que o expulsassem do palco, convidando-o a cantar com eles. Tocaram ainda o single do novo álbum "It Never ends", e para terminar "Chelsea smile”, single do Suicide Season. Este foi sem dúvida dos momentos da noite, e para muitos este terá mesmo sido o concerto do festival.
Saldo positivo para um festival que para nós Portugueses tem a vantagem de ser aqui ao lado na nossa vizinha Espanha, facilitando o deslocamento, e acabando por se tornar económico e prático. A avaliar pelo nível de bandas do cartaz, este começa a ser dos festivais de renome Europeu, abrangendo os estilos mais alternativos, desde o punk ao metal, passando pelo hardcore puro. De salientar as belas paisagens e a praia mesmo ao lado que juntam o útil ao agradável. Recomenda-se!
Authority Zero, a banda Punk Rock do Arizona subiu ao palco Monster já o recinto estava bem recheado. Deram um concerto estimulante, onde apelaram a um circle pit à volta da tenda de som. O público gostou e no fim, ainda pediu mais.
Strife, uma das grandes bandas da Victory Records dos anos 90, e um dos concertos ansiados da noite, já tinham muitos fãs na expectativa quando entraram em palco. Os membros da banda, embora já da velha guarda do Hardcore, não deram sinais de cansaço, revelando “a escola toda”: não desiludiram. Rick Rodney, o vocalista, falou em “quebrar barreiras entre as pessoas” e “tornarmo-nos melhores, afinal é para isso que todos cá estamos”, revelando os princípios fortes que os caracterizam. Não faltaram clássicos como “To an end”, “Something to believe in”, terminando com “Force of change” e “Blistered”, em que todos cantaram. Quem esperou anos para os ver, não perdeu por esperar.
Seguiram-se os Ingleses More than Life, no palco mais acolhedor Jaggermeister. A predominância de t-shirts da banda no festival, já deixava adivinhar a quantidade de gente que se reuniria ali para os ver. A música de Morrissey “Angel” , que termina com a frase “I love you More than Life” serviu de intro à entrada dos músicos no palco, que começaram logo a rasgar com o tema “Skarlet Skyline”. A paixão que aqueles miúdos transmitem ao tocar aquele hardcore berrado com guitarras melódicas não deixa ninguém indiferente. Seguiram-se musicas como “I've Lost track of everything”, ” Love let me go” e “Daisy Hill”, onde os singalongs e stage dives não faltaram, inclusivamente do próprio vocalista que mesmo nos braços do público, berrou cada palavra. Acabaram com “Faceless Name”, despedindo-se de Espanha. A banda prepara-se para fazer agora a última tour, a partir da qual vai passar a tocar apenas concertos pontuais e festivais.
O público mais fã de metal já aguardava a estreia dos suecos Meshuggah no palco Monster. Tocam um metal Post-Thrash muito técnico, e o vocalista Jens Kidman sempre explosivo não se cansou de puxar pelo público. Fizeram parte do set temas como “Future Breed Machine” de 1995, “Rational gaze” e temas do último álbum como “Bleed”. O caos estava instalado. Ainda houve quem se aventurasse a tentar subir ao palco para abanar a cabeça, como pede uma boa metalada, mas os seguranças intervieram.
Os Californianos Pennywise, com mais de 20 anos de banda, subiram ao palco Monster, para dar um dos melhores concertos do Ressurection Fest 2011. Alguns fãs ainda reticentes em relação à substituição do vocalista Jim por Zoli (vocalista de Ignite), renderam-se e entregaram-se à banda a 100%. Para abrir o tema “Every single day” do álbum About Time, sucedendo-se uma lista interminável de clássicos como “Same old story”, “Society” ou “Fuck authority”. Mas o público permanecia incansável, e o chão só servia para dar impulso. O guitarrista Fletcher, cérebro da banda, interagiu constantemente com o público, falando da importância da “independência da mente e da vontade própria”, revelando também a atitude política anti-governo, anti-violência, inevitavelmente associadas ao movimento punk, revelando as raízes da banda. O sucesso do concerto já estava traçado, e os clássicos continuavam: “Straight ahead”, “No reason why”, ou “Pennywise”. Ainda houve lugar para uma cover de Ignite (banda de Zoli) – “A place called home”. Mas foi a cover de “Stand by me” que fez levantar o pó que restava no recinto. Para terminar, o tema Bro-Hymn, tema regravado pela banda em tributo ao ex-baixista Jason Thirsk, música esta que apelou à emoção reunindo-se vários amigos no palco, a cantarem juntos, num ambiente familiar e de união. A opinião era unânime, este era um dos concertos da noite.
Os Ingleses Bring me the Horizon estavam prestes a subir ao palco Monster, e a julgar pelos penteados elaborados, sem esconder a influência do vocalista Oliver, as pessoas que aguardavam este concerto eram bastantes. Afinal, embora relativamente recente, esta banda já apresenta uma atitude e uma influência de quem tem anos de experiência. Oliver inicia o concerto: "We will never sleep, 'cause sleep is for the weak, and we will never rest, 'til we're all fucking dead", e rapidamente tinha o público na mão, sendo a primeira música do set “Diamonds aren't forever”. Os fãs estavam em delírio e cantavam em uníssono. Fizeram parte da noite temas como "Fuck", "Football season is over", "Anthem" e "Blessed With a curse". Um dos fãs da banda tentou subir ao palco, e desta vez os seguranças não levaram a melhor, porque Oliver não deixou que o expulsassem do palco, convidando-o a cantar com eles. Tocaram ainda o single do novo álbum "It Never ends", e para terminar "Chelsea smile”, single do Suicide Season. Este foi sem dúvida dos momentos da noite, e para muitos este terá mesmo sido o concerto do festival.
Saldo positivo para um festival que para nós Portugueses tem a vantagem de ser aqui ao lado na nossa vizinha Espanha, facilitando o deslocamento, e acabando por se tornar económico e prático. A avaliar pelo nível de bandas do cartaz, este começa a ser dos festivais de renome Europeu, abrangendo os estilos mais alternativos, desde o punk ao metal, passando pelo hardcore puro. De salientar as belas paisagens e a praia mesmo ao lado que juntam o útil ao agradável. Recomenda-se!